Depois de um tempo a gente começa a ficar mais seletivo com o que pensa. Conseqüentemente, com o que fala e o que escreve. Acho que isso é um processo natural de amadurecimento.
Isso não significa que nos tornamos pessoas melhores. Ficamos apenas sensatos.
Há poucos dias, depois de um desabafo terapêutico com uma amiga, ela me disse “dessa vida não se leva nada”. Verdade. E não foi a primeira vez que escutei isso, mas foi a entonação que me fez verdadeiramente pensar em coisas que perambulam minha cabeça todos os dias.
Quando estamos extremamente tristes ou totalmente alegres, pouco importa o que irá acontecer. Isso porque no primeiro caso não temos nada a perder e no segundo porque já conquistamos tudo aquilo que consideramos importante. A única coisa que queremos, nesses momentos, é ter a certeza de que não fomos em vão, vazios ou insignificantes. Para obter essa certeza, cristalizamos momentos.
Fotos, vídeos, textos, gravuras, marcas, homenagens.
Além do texto, quero ser a melhor lembrança de alguém. Porque se existe algo que verdadeiramente fica, é isso. E se isso não ficar eternamente, pelo menos é o que importa.
Depois de comprar o DVD do artista favorito e assistir o material várias vezes seguidas, a que conclusão podemos chegar? É melhor a eternidade do DVD ou a espontaneidade de um show de cerca de duas horas que nunca mais acontecerá da mesma maneira?
O que é mais gostoso? Descobrir um sabor pela primeira vez ou provar a essência até ficar enjoado de satisfação?
Como podemos colocar todas as melhores lembranças dentro de um compartimento secreto em nosso peito e ter a certeza de que isso não será roubado de nós?
Até que ponto a reflexão sobre as dúvidas que temos é instinto, passa-tempo ou necessidade?
Se pensarmos muito em alguma coisa corremos dois riscos: o da compreensão e o do conformismo. E os dois são altamente angustiantes. Se por um lado as ciências exatas nos ensinam a ser racionais, as ciências humanas nos ensinam a ser críticos. Se a mistura disso tudo é a perfeição [teoricamente], em que parte o ser humano entra?
De repente as pessoas sejam feitas de dúvidas e lembranças. Ao invés dos 70% de água, a maior parte de nós é constituída de insatisfação e desejo de mudanças. Pode ser que o resto não exista.
E quem disse que isso é verdade ou que tenha que fazer sentido?
Isso não significa que nos tornamos pessoas melhores. Ficamos apenas sensatos.
Há poucos dias, depois de um desabafo terapêutico com uma amiga, ela me disse “dessa vida não se leva nada”. Verdade. E não foi a primeira vez que escutei isso, mas foi a entonação que me fez verdadeiramente pensar em coisas que perambulam minha cabeça todos os dias.
Quando estamos extremamente tristes ou totalmente alegres, pouco importa o que irá acontecer. Isso porque no primeiro caso não temos nada a perder e no segundo porque já conquistamos tudo aquilo que consideramos importante. A única coisa que queremos, nesses momentos, é ter a certeza de que não fomos em vão, vazios ou insignificantes. Para obter essa certeza, cristalizamos momentos.
Fotos, vídeos, textos, gravuras, marcas, homenagens.
Além do texto, quero ser a melhor lembrança de alguém. Porque se existe algo que verdadeiramente fica, é isso. E se isso não ficar eternamente, pelo menos é o que importa.
Depois de comprar o DVD do artista favorito e assistir o material várias vezes seguidas, a que conclusão podemos chegar? É melhor a eternidade do DVD ou a espontaneidade de um show de cerca de duas horas que nunca mais acontecerá da mesma maneira?
O que é mais gostoso? Descobrir um sabor pela primeira vez ou provar a essência até ficar enjoado de satisfação?
Como podemos colocar todas as melhores lembranças dentro de um compartimento secreto em nosso peito e ter a certeza de que isso não será roubado de nós?
Até que ponto a reflexão sobre as dúvidas que temos é instinto, passa-tempo ou necessidade?
Se pensarmos muito em alguma coisa corremos dois riscos: o da compreensão e o do conformismo. E os dois são altamente angustiantes. Se por um lado as ciências exatas nos ensinam a ser racionais, as ciências humanas nos ensinam a ser críticos. Se a mistura disso tudo é a perfeição [teoricamente], em que parte o ser humano entra?
De repente as pessoas sejam feitas de dúvidas e lembranças. Ao invés dos 70% de água, a maior parte de nós é constituída de insatisfação e desejo de mudanças. Pode ser que o resto não exista.
E quem disse que isso é verdade ou que tenha que fazer sentido?