domingo, 14 de outubro de 2007

Tá, confesso!

Sou mesmo de curtir paixões platônicas. Por tudo: pessoas, lugares, culturas, crenças, medos, sonhos e tudo que seja palpável ou não.

Tenho muita fome de estrada e coisas novas. Isso pode me levar a vários lugares, inclusive à falência. Mas querem saber? Dane-se! Sou novo demais pra me preocupar com coisas que devo me preocupar. Aliás, quem disse que devo me preocupar? Quem falou de idade?

Posso estar completamente enganado sobre a previsão do tempo, a balança comercial e o significado do horóscopo, mas tenho plena certeza de que nada pode proporcionar tanto prazer quanto buscar um ideal, mesmo que incerto, por enquanto.

Quero continuar tendo a sensação de quem olha para um rosto conhecido no lugar mais remoto do mundo. E quero matar a sede com o último copo de água filtrada que estava escondido atrás do vidro de pimenta na porta da geladeira. Não menos importante, quero sentir o alívio de quem encontra R$ 10 no bolso da bermuda caída num canto do guarda-roupa. Por fim, desfrutar das 3 cervejas geladas que esse dinheiro pode comprar no boteco da esquina.

Quero tanto que às vezes acho que é muito. Quero pouco se acho que não posso nada. Não preciso ter certezas, só um ponto de partida. Eu não sei pra onde vou, mas isso não me preocupa. Preciso de um caminho qualquer: seguro ou não. Só não posso ficar parado.

Quero ter direito ao romantismo literário. Mais nada.
Quero viver com dignidade. Mais nada.
Quero um cartão de crédito e um imenso disco rígido. Mais nada.
Quero que uma frase não precise ter nexo para ser dita. Mais nada.

Eu só quero o que eu preciso.

Ponto.