quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Palavras soltas são... rascunhos! [8]

O que faço se o acaso insistir
em pregar peças que resisto em não querer?
Como um encontro casual na praça pública
onde o vento se diverte ao ficar mudo
pra que a gente se constranja com a total falta de assunto.
Mas no final das contas o abraço cordial
faz as honras da vontade
acalmando corações agradecidos pela coincidência...

E se a noite insistir em demorar a aparecer
para que o acaso possa, de novo, acontecer
quando a gente se olhar, sem ter como disfarçar
vai haver insegurança, as palavras vão faltar
O tédio vai aparecer mas será inibido
pelas horas que prosseguem sem fazer qualquer sentido
os meus olhos vão seguí-la vida afora
imaginando o que a conforta até chegar ao seu destino...

Mas se não for possível evitar constrangimento
se a serenidade for apenas mais um capricho
se a persistência for critério para o sonho ter efeito
pra que a vida siga à salvo, sem maiores arrependimentos
se o amor exige segurança e respeito
talvez seja necessário sabedoria para minimizar
a falta de prazer que nos consome sem mais tempo a perder
enquanto procuramos no copo de vinho alguma coisa pra dizer...