Da janela do meu quarto
vejo as luzes de Brasília
que clareiam as insônias
solitárias como a minha
Ouço a chuva dando trégua
e o silêncio ser quebrado
pelo alarme que dispara
de um carro estacionado
Eu escuto a coruja
que enfeita a madrugada
como acordes que completam
a canção inacabada
Vejo a lua em seu mistério
anunciar em serenata
a riqueza do tesouro
no navio que naufraga
Sinto o tempo fazer graça
de pirraça com o sono
que escapa sem motivo
como a sorte de seu dono
Sinto o cheiro da manhã
e o cansaço que antecipam
outra noite de insônia
sob as luzes desta ilha
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Assinar:
Postagens (Atom)