Hoje somei “dois mais dois” e descobri na pele [mais uma vez] uma das grandes verdades universais. O fato é que por mais que a gente sonhe com um futuro nunca estamos totalmente preparados quando ele chega de verdade.
E isso não ter a ver com incapacidade ou infortúnios, mas com o constante medo do novo que todo mundo tem.
Não tem jeito: na prática a teoria é outra. Ponto.
E não dá pra discutir isso quando a outra pessoa da conversa não enxerga um mundo além daquele que existe no quintal de sua casa. Simplesmente não dá. É como conversar sobre religião, partido político ou time de futebol: não há argumentos que a convença de que tudo é diferente quando um plano passa a ser executado.
A sensação que tenho é a de que estou diante de portas abertas, mas os objetivos estão do outro lado da ponte de madeira, que me obrigam a atravessá-la sem ter a certeza de que aquelas tábuas agüentarão meu peso.
Literalmente é assim que me sinto. E acredito que outras pessoas também. Há sempre aquela insegurança de fazer o que tem que ser feito sem ter a certeza de que será bem feito.
E junto a isso existe a pressão do tempo que, definitivamente, não pára mesmo! Enquanto perdemos tempo com medo de encarar o tempo que está chegando, o tempo que passou nos empurra sem pestanejar contra tempo futuro. É uma constante queda de braço entre o você de agora e o você de amanhã.
Onde você ainda se reconhece? Na foto passada ou no espelho de agora? Hoje é do jeito que achou que seria? ...
Como costuma dizer meu amigo-irmão Lelo Marques, “só pensando...”