quarta-feira, 22 de julho de 2009

Diploma já era... [Parte 3]

Não sei de onde foi que o STF [Superior Tribunal Federal] tirou a idéia de que desregulamentar a profissão de jornalista é uma atitude sensata.

Lá no HUMORena meu amigo Navarros vive encontrando pérolas jornalísticas de quem passou pela faculdade. Se com estudo a coisa já tá feia, imagine sem!

Olha só a merda que a falta de regulamentação pode causar:



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E você, jornalista [diplomado], achando que tem problemas...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Palavras soltas são... rascunhos!

Distâncias geográficas não são distâncias afetivas...

sábado, 18 de julho de 2009

Sinestesia

Mais do que viver, às vezes gosto de simplesmente sentar e ver a vida passar.

Acontece que observar pode ser mais instrutivo do que quebrar a cabeça na constante batalha da vida.

E é interessante ver como as pessoas são diferentes e, por esse motivo, o mundo é o reflexo de tantas escolhas opostas. Mas parece que de tão diferentes as coisas se repetem. Os sonhos são iguais, mas ninguém consegue realizá-los, e isso não deixa de ser engraçado.

Acho que somos eternos caçadores de coisa nenhuma!

Talvez nossos sonhos não se concretizem porque nunca estarmos satisfeitos com o que alcançamos.

Se não aprendemos nada com as coisas que vemos, com os sons que sentimos e com as cores que respiramos, então alguma coisa está errada.

É o círculo vicioso da burrice que se perpetua com os conceitos que guardamos sob nossas hipocrisias.

sábado, 11 de julho de 2009

Músicas que eu queria ter feito [Parte 6]

Fascículos musicais

Desde que me entendo por gente o Roberto Carlos canta sempre as mesmas músicas nos especiais de fim de ano da Globo. Até certo ponto, isso é chato, mas não é tão insuportável quanto ter que aturar o Galvão narrando jogos de futebol e corrida de Fórmula 1.

O que quero dizer é que, apesar da repetição, as músicas do “Rei” são poesias. Não estou dizendo que sou fã incondicional do cara, mas assumo aqui que gostaria de ter feito algumas das canções que ele compôs.

Se ainda hoje são as mesmas músicas que tocam [entre um repertório de mais de 300 canções] quer dizer que elas fazem sentido não apenas a mim, mas a muita gente. Muita gente mesmo!

E isso é um mérito que não é qualquer um que consegue.

Então, no dia em que o Rei faz uma mega apresentação com seus maiores sucessos [mais uma vez ouviremos as mesmas músicas] para comemorar 50 anos de carreira, minha homenagem é selecionar uma de suas músicas para dizer que eu gostaria de ter feito.



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Diga o que quiser, que é cafona, brega, música de dor-de-cotovelo, o que for, mas chega pra uma mulher, cante uma música dessas e diga que você fez pra ela.

Meu filho, não tem mulher que não saia no tapa por sua causa!

PS: Escolhi este vídeo por ser o clipe mais recente e também por ter a participação da Mariana Ximenes [não necessariamente nessa mesma ordem...]

sábado, 4 de julho de 2009

Herdeiro de uma riqueza não palpável

Hoje acordei com o peito vazio. Deve ser saudade da metade do meu coração que deixei com meu pai e minha mãe.

Como todo ser humano, só depois que a gente perde a companhia diária dos pais é que começamos a perceber o quanto isso é determinante pra gente manter o brilho nos olhos que todo mundo acha que é coragem, mas, no fundo, é a certeza do amparo do pai e da mãe que mantém aceso isso.

E o pior é que a gente nunca consegue retribuir como deve ou como quer. Sempre falta alguma coisa. Falar é tão complicado...

Mas a memória nunca esquece.

Lembro da minha mãe exigindo que eu e meu irmão tirássemos 10 em todas as provas da escola. Meu irmão sempre teve a melhor cabeça da família. Tirar 10 pra ele, naquela época, era tão fácil como eu surrá-lo na sinuca hoje em dia. Por conta da minha incapacidade de estudar, sempre me contentei com os 9.5 das provas. Na primeira vez que consegui um 10, minha mãe disse “você deveria ter tirado 11”! Lógico que na época eu fiquei inconformado, mas hoje entendo perfeitamente o que ela queria me dizer com aquilo. E foi assim que minha mãe me fez perceber que dedicação é mais do que aquilo que você espera de você mesmo – tem a ver também com o que o mundo espera da gente. Cada um tem a opção de ser grande, pequeno ou medíocre. Dependendo do que escolhemos, é da mesma maneira que o mundo vai tratar a gente.

Do meu pai lembro sempre da sua atitude altruísta. A vida inteira ele fez tudo o que podia pelos filhos. Foram poucas as vezes que apanhei dele – e minha mãe morre de ciúmes disso! Pra falar a verdade só lembro de ter apanhado do meu pai uma única vez. E lembro também da maior surra moral que ele me deu. Não me lembro o motivo, mas num certo dia minha mãe dedurou alguma arte que fiz. Meu pai me chamou no quarto e pediu pra que eu explicasse a minha versão da história. Terminei de contar a novela na mesma hora em que ele tirava o cinto. Pensei “phodeu!”, mas o que ele disse foi “eu não vou te bater, mas nunca mais quero que isso se repita”. Enrolou o cinto, guardou na gaveta e foi tomar banho. De lá pra cá, foram muitas as vezes em que levei bronca dos dois, mas nunca pelo mesmo motivo. Isso por conta de dois fatos – necessariamente nessa mesma ordem: primeiro porque me senti importante, aos cinco anos de idade, ao saber que meu pai, um adulto, se interessava em saber a versão de uma criança; segundo porque não apanhar naquele dia me mostrou que a vida sempre tem muitas opções e saídas para qualquer problema.

A verdade é que certas coisas a gente nunca aprende, se acostuma ou se conforma. Se existe algo que nunca vou conseguir é lidar com essa distância geográfica que me separa do abraço de meu pai e do beijo de minha mãe.

Saudade é unidade de medida,
Amor é a ciência exata da vida.